A Organização Mundial da Saúde liderou a evacuação médica de 41 pacientes com condições críticas de saúde e 145 acompanhantes de Gaza, enquanto funcionários da ONU descreveram o enclave devastado como semelhante a "um filme distópico".
O Diretor-Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse no X que cerca de 15.000 doentes em Gaza aguardam evacuação.
"Continuamos a apelar aos países para que mostrem a sua solidariedade e para que todas as rotas sejam abertas para acelerar a evacuação médica", disse Ghebreyesus.
Muitos dos pacientes evacuados sofrem de ferimentos sofridos durante o genocídio de dois anos de Israel em Gaza, enquanto outros têm condições crónicas como cancro e doenças cardíacas que o sistema colapsado de saúde do enclave já não consegue tratar.
Durante a guerra, mais de 7.000 doentes foram evacuados de Gaza, com o Egito a receber mais de metade deles.
No entanto, a taxa de transferências diminuiu drasticamente desde que Israel assumiu o controlo da passagem fronteiriça de Rafah em maio de 2024.
Outro alerta internacional
Entretanto, o Diretor Executivo Adjunto do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Andrew Saberton, alertou que as mulheres e recém-nascidos em Gaza estão a enfrentar fome e um colapso total dos cuidados de saúde materna.
"Não estava totalmente preparado para o que vi em Gaza — ninguém pode estar. A dimensão da devastação parecia o cenário de um filme distópico", disse numa conferência de imprensa.
"Não há outra forma de o dizer: Gaza foi destruída".
Saberton disse que 94% dos hospitais de Gaza foram danificados ou destruídos, com as mortes maternas a aumentar acentuadamente.
"Os bebés prematuros e de baixo peso ao nascer representam agora cerca de 70% dos recém-nascidos, e uma em cada três gravidezes é de alto risco", acrescentou.
Disse que o cessar-fogo "trouxe um vislumbre de esperança", mas os ataques renovados mergulharam as famílias "de volta ao terror.













