Ministro turco Fidan participará em negociações importantes da NATO em Bruxelas

A reunião em Bruxelas irá rever as prioridades de segurança da NATO, discutir a guerra na Ucrânia e iniciar os preparativos para a Cimeira da NATO de 2026 em Ancara, de acordo com fontes diplomáticas turcas.

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Hakan Fidan deverá informar os aliados da NATO sobre os preparativos para a cimeira de Ancara. / AP

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Türkiye, Hakan Fidan, viajará a Bruxelas na quarta-feira para participar na Reunião de Ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO na sede da aliança, disseram na terça-feira fontes seniores do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Segundo as fontes, Fidan deverá realizar várias reuniões bilaterais à margem do encontro, incluindo com o Secretário-geral da NATO Mark Rutte, a chefe da política externa da UE, Kaja Kallas, a comissária para o Alargamento Marta Kos, a secretária dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido Yvette Cooper, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Espanha José Manuel Albares e outros homólogos.

De acordo com as fontes, a reunião ministerial deste ano tem importância redobrada. Servirá tanto como uma revisão das decisões adotadas na cimeira da NATO em Haia, em junho passado, quanto como a primeira troca aprofundada entre ministros dos Negócios Estrangeiros antes da Cimeira de Líderes da NATO de 2026, que a Türkiye sediará em Ancara nos dias 7 e 8 de julho.

A reunião decorrerá em duas sessões

A primeira das duas sessões, reservada aos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO abordará os pontos centrais da agenda da aliança, com a guerra Rússia–Ucrânia a dominar as discussões.

Os ministros também devem avaliar os desenvolvimentos recentes ao longo da ala oriental da NATO, os desafios provenientes da vizinhança sul da aliança, a situação nos Balcãs e as implicações de segurança mais amplas da região Ásia‑Pacífico para a região euro‑atlântica.

Fontes diplomáticas dizem que Fidan sublinhará as fortes contribuições da Türkiye para a segurança da NATO e da Europa, incluindo as suas capacidades militares modernas e a sua indústria de defesa.

Espera-se também que ele informe os aliados sobre os preparativos para a cimeira de Ancara, reitere a posição da Türkiye de que os esforços para fortalecer a arquitetura de defesa europeia devem permanecer complementares à NATO , e enfatize que as iniciativas de defesa da UE devem permanecer abertas a todos os aliados que não são membros da UE.

Ele também, segundo as fontes, reafirmará a expectativa de Ancara de que sejam removidas barreiras à cooperação entre os aliados na indústria de defesa.

Guerra na Ucrânia

A segunda sessão reunirá o Conselho NATO–Ucrânia, com participação esperada do ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andriy Sibiha, e da chefe da política externa da UE, Kaja Kallas.

As discussões vão concentrar-se no decurso da guerra, nos esforços diplomáticos para pôr fim ao conflito e no estado da agenda de reformas da Ucrânia.

Fontes dizem que Fidan reiterará o apoio da Türkiye à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia, apresentará detalhes da assistência de Ancara e enfatizará que deve ser dado espaço à diplomacia para alcançar uma “paz justa e duradoura”.

Espera‑se também que ele transmita a disponibilidade da Türkiye para contribuir com qualquer iniciativa de paz credível e exponha a avaliação de Ancara sobre os desenvolvimentos recentes que afetam o conflito.

De acordo com as fontes, a Türkiye pretende continuar a envolver todas as partes e a apoiar iniciativas destinadas a pôr fim à guerra e a estabilizar a região euro‑atlântica.