Ataque dos EUA destrói alegado cais de carregamento de drogas da Venezuela
Presidente relaciona o ataque com uma campanha de pressão mais ampla dos EUA contra Caracas.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que um recente ataque dos EUA destruiu uma área portuária na Venezuela supostamente usada para carregar barcos com drogas, causando o que ele descreveu como uma “grande explosão” e tornando o local inutilizável.
Em declarações aos jornalistas, Trump disse que o alvo era uma instalação costeira usada para preparar narcóticos para transporte marítimo.
“Atacámos todos os barcos e agora atacámos a área”, disse Trump, descrevendo o local como uma “área de implementação” que “já não existe”.
Trump não especificou qual agência norte-americana realizou o ataque, dizendo apenas que sabia quem era o responsável, mas não queria revelar.
Acrescentou que o local ficava “ao longo da costa”.
Questionado se tinha falado recentemente com o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, Trump disse que tinha falado com ele “há pouco tempo”, mas acrescentou que “não deu em nada”.
Trump já tinha feito referência à operação durante uma entrevista de rádio na sexta-feira, dizendo que os EUA atacaram “uma grande fábrica ou uma grande instalação” ligada ao tráfico de drogas, sem nomear o local ou fornecer mais detalhes.
Os comentários surgem num momento em que os Estados Unidos intensificaram as operações militares no Caribe e no Pacífico oriental desde setembro, alegando esforços para combater o tráfico de drogas.
Ataque no Pacífico Oriental
Pelo menos 105 pessoas foram mortas em 29 ataques, de acordo com dados oficiais.
A campanha coincide com uma pressão mais ampla dos EUA sobre a Venezuela, incluindo bloqueios a petroleiros, apreensões de embarcações e uma presença militar ampliada perto das águas venezuelanas.
As autoridades venezuelanas condenaram as ações como “pirataria internacional”.
Separadamente, o Comando Sul dos EUA disse na segunda-feira que as forças norte-americanas realizaram um ataque a um navio supostamente envolvido no narcotráfico no Oceano Pacífico Oriental.
O comando disse que a operação foi conduzida em águas internacionais sob a direção do Secretário de Defesa Pete Hegseth.
“Dois narcoterroristas do sexo masculino foram mortos. Nenhuma força militar norte-americana foi ferida”, disse o comunicado.