Manifestantes invadem COP30 e entram em confronto com seguranças da ONU

Manifestantes armados com bastões invadem local da cimeira sobre a Amazónia para exigir direitos sobre a terra e protestar contra a exploração petrolífera, dois seguranças ficaram feridos.

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Manifestantes, entre eles indígenas, participam num protesto enquanto forçam a entrada na sede da COP30, em Belém, Brasil. / Reuters

Dezenas de manifestantes indígenas armados com bastões invadiram o perímetro de segurança e invadiram brevemente o local da 30ª conferência anual das Nações Unidas sobre alterações climáticas (COP30) em Belém, Brasil, levando a um confronto com a segurança da ONU. O confronto ocorreu na terça-feira à noite, quando delegados internacionais tentavam sair do Parque da Cidade.

As principais reivindicações dos manifestantes centravam-se nos direitos à terra, justiça económica e oposição à expansão dos combustíveis fósseis. Eles empunhavam bandeiras e cartazes com slogans como «A nossa terra não está à venda» e «Não podemos comer dinheiro... Queremos as nossas terras livres do agronegócio, da exploração petrolífera, dos mineiros ilegais e dos madeireiros ilegais». O grupo também gritava exigências para «tributar os bilionários» pelo seu papel na criação do «calor» que agrava a crise climática.

O presidente anfitrião Luiz Inácio Lula da Silva também foi alvo de protestos relacionados com a exploração petrolífera na foz do rio Amazonas. «Governo Lula, vergonha, vocês estão a destruir o clima com esta perfuração».

Poucas regiões sentem tanto o impacto das alterações climáticas na saúde como a Amazónia, onde se situa Belém. Em 2024, a região foi atingida por uma seca histórica, agravada por vários incêndios.