Venezuela denuncia a última apreensão de um petroleiro pelos EUA como 'pirataria internacional'
Caracas acusa os EUA de usar os 'esforços antinarcóticos' como pretexto para remover Maduro do poder e obter o controlo sobre os recursos petrolíferos da Venezuela.
A Venezuela repudiou a apreensão de um novo navio que transportava petróleo, afirmou-se num comunicado, descrevendo-o como um 'ato grave de pirataria internacional', após os Estados Unidos terem apreendido outro petroleiro perto da costa do país sul-americano.
As autoridades venezuelanas condenaram o 'roubo e sequestro' de um petroleiro pelos Estados Unidos pela segunda vez, de acordo com um comunicado do governo.
'Estes atos não ficarão impunes', diz o comunicado publicado nas redes sociais no sábado pela Vice-presidente Delcy Rodriguez, acrescentando que 'os responsáveis por estes graves acontecimentos responderão à justiça e à história pela sua conduta criminosa.'
Caracas disse que as ações serão comunicadas ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, a outras organizações multilaterais e a governos.
Anteriormente, os EUA apreenderam um petroleiro que esteve atracado pela última vez na Venezuela, segundo o chefe de Segurança Interna americano.
A Guarda Costeira dos EUA apreendeu a embarcação antes do amanhecer com apoio do Pentágono, escreveu Kristi Noem no X.
'Os Estados Unidos continuarão a perseguir o movimento ilícito do petróleo sancionado que é usado para financiar o narcoterrorismo na região.'
'Nós vamos encontrá-los, e nós vamos detê-los,' acrescentou Noem.
Isto ocorre num momento em que se vive o aumento das tensões entre Washington e Caracas.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, declarou um 'bloqueio total e completo' aos petroleiros sancionados que entrem ou saiam da Venezuela.
O impasse intensificou-se a 10 de dezembro, quando forças dos EUA apreenderam um petroleiro sancionado perto da costa venezuelana, ação que a Venezuela condenou como 'pirataria'.
Washington disse que as medidas visam combater a corrupção e o tráfico de drogas, enquanto Caracas acusa os EUA de usar esforços antinarcóticos como pretexto para retirar Maduro do poder e obter controlo sobre os recursos petrolíferos da Venezuela.