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Rússia considera empréstimo à Ucrânia um «grande golpe» para a UE e Zelensky saúda reforço da defesa
Empréstimo de 105,5 mil milhões de dólares da UE à Ucrânia gera reações contrastantes, com Moscovo a dizer que é um "golpe devastador", enquanto Zelensky o saúda como um impulso vital para a defesa e a estabilidade financeira de Kiev.
Rússia considera empréstimo à Ucrânia um «grande golpe» para a UE e Zelensky saúda reforço da defesa
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discursa numa conferência de imprensa durante a Cimeira da UE em Bruxelas. / AP
19 de dezembro de 2025

A Rússia classificou a decisão da UE de conceder um empréstimo de 90 mil milhões de euros (105,46 mil milhões de dólares) à Ucrânia como um "duro golpe" para o bloco, mesmo quando o Presidente Volodymyr Zelensky saudou a medida como algo que "realmente fortalece" a defesa da Ucrânia.

Os líderes da UE decidiram na sexta‑feira contrair empréstimos para financiar a defesa da Ucrânia contra a Rússia durante os próximos dois anos, em vez de usar ativos russos congelados, evitando divisões sobre um plano sem precedentes para financiar Kiev com fundos soberanos russos.

Moscovo apresentou a decisão como uma vitória jurídica e política, enquanto Kiev acolheu o financiamento como uma garantia crucial para a sua defesa e para a estabilidade orçamental.

Kirill Dmitriev, enviado especial do Presidente russo Vladimir Putin para investimento e cooperação económica, disse que "a lei e a sensatez" venceram.

"GOLPE IMPORTANTE aos belicistas da UE liderados pela fracassada Ursula — vozes de razão na UE BLOQUEARAM o USO ILEGAL das reservas russas para financiar a Ucrânia", escreveu Dmitriev no X, referindo‑se à presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen.

Entretanto, Zelensky agradeceu à UE pelo empréstimo para colmatar os iminentes défices orçamentais do país, dizendo que "realmente fortalece" a defesa de Kiev.

"Este é um apoio significativo que realmente fortalece a nossa resiliência", disse Zelensky no X.

"É importante que os ativos russos permaneçam imobilizados e que a Ucrânia tenha recebido uma garantia de segurança financeira para os próximos anos", acrescentou.

As hipóteses de encontrar fundos para Kiev eram elevadas porque, sem a ajuda financeira da UE, a Ucrânia ficaria sem dinheiro no segundo trimestre do próximo ano.

A decisão da UE fornece um importante alívio financeiro numa altura em que o Presidente dos EUA, Donald Trump, pressiona por uma rápida solução diplomática para a guerra de quase quatro anos entre a Rússia e a Ucrânia.

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