O Presidente dos EUA, Donald Trump, assegurou aos líderes muçulmanos que não permitirá que Israel anexe a Cisjordânia ocupada, informou o Politico na quarta-feira, citando seis pessoas familiarizadas com o assunto.
Trump fez essa promessa durante uma reunião a portas fechadas, realizada paralelamente à Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, onde líderes árabes e muçulmanos pressionaram Washington a priorizar o fim da guerra de Israel em Gaza.
De acordo com o Politico, a equipa de Trump chegou a distribuir um documento detalhando o plano da sua administração para interromper os combates, incluindo o compromisso contra a anexação.
A cimeira, coorganizada com o Emir do Catar, Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani, reuniu o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan, o Rei Abdullah II da Jordânia, o Presidente indonésio Prabowo Subianto, o Primeiro-ministro paquistanês Shehbaz Sharif, o Primeiro-ministro egípcio Mostafa Madbouly, o Ministro dos Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Abdullah bin Zayed Al Nahyan, e o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, o Príncipe Faisal bin Farhan.

‘Alcançar uma paz justa e duradoura’
Numa declaração conjunta divulgada por Riad, os líderes afirmaram que o fim da guerra em Gaza era “o primeiro passo para alcançar uma paz justa e duradoura”.
Eles alertaram para a “catástrofe humanitária insuportável” e o pesado custo humano, com as autoridades de saúde de Gaza a relatar mais de 65 000 palestinianos mortos desde outubro de 2023.
Rejeitando qualquer deslocamento forçado dos palestinianos, os líderes exigiram um cessar-fogo imediato que permitisse o regresso dos residentes deslocados e o fluxo sem restrições de ajuda humanitária.
Eles também pediram um roteiro de estabilização que abranja a Cisjordânia ocupada e os locais sagrados de Jerusalém, reformas na Autoridade Palestiniana e um plano de reconstrução abrangente para Gaza sob os auspícios de países árabes e da Organização de Cooperação Islâmica (OCI).
Investigadores da ONU concluíram recentemente que Israel está a cometer genocídio em Gaza, onde grandes partes do território enfrentam fome provocada pelo homem e devastação após anos de bombardeamentos.
