Os Países Baixos começaram a destacar 300 soldados e dois sistemas de defesa aérea Patriot para a Polónia para ajudar a proteger um centro logístico da NATO usado para canalizar ajuda militar à Ucrânia, disse o Ministro da Defesa neerlandês Ruben Brekelmans, segundo meios de comunicação locais, na sexta-feira.
A unidade holandesa, que começou a chegar à Polónia nos últimos dias, deverá atingir prontidão operacional total até ao dia 1 de dezembro, com a missão a decorrer até ao dia 1 de junho de 2026, segundo Brekelmans.
A agência estatal de notícias da Polónia, PAP, informou que os oficiais de intendência holandeses já começaram a preparar a área onde a base temporária vai operar. Os operadores dos sistemas deverão chegar em seguida e assumirão a vigilância do espaço aéreo polaco em torno da instalação logística — uma preocupação central num momento em que se registou uma série de alegadas incursões de drones em países europeus.
Os Países Baixos estão a enviar a configuração mais recente do Patriot, equipada com radar e software atualizados.
Os intercetores PAC-3 do sistema são capazes de combater mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e drones, com cada intercetor a custar cerca de 4 milhões de euros (4,6 milhões de dólares).
Um lançador NASAMS, concebido para atingir ameaças que voam a baixa altitude, também está a ser instalado, juntamente com uma unidade separada encarregada de proteger a base contra drones.
O coronel Olav Spanjer, que comanda a unidade holandesa responsável pelos sistemas Patriot, disse à emissora Omroep Brabant que as tensões regionais aumentaram nos últimos meses.
Ele também observou que os recentes ataques russos ao oeste da Ucrânia provocaram alertas na Polónia, levando os caças polacos a descolar e obrigando ao encerramento temporário de aeroportos.
Autoridades holandesas afirmaram que a missão é tanto uma contribuição operacional para as defesas orientais da NATO como uma demonstração simbólica do compromisso dos Países Baixos com a segurança coletiva.
