O Presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, numa rara entrevista à rede israelita Channel 12, expressou esperança de que a paz prevaleça entre palestinianos e israelitas após a assinatura de um acordo de cessar-fogo em Gaza.
“O que aconteceu hoje é um momento histórico. Temos esperado — e continuamos a esperar — que possamos pôr fim ao derramamento de sangue que ocorre na nossa terra, seja na Faixa de Gaza, na Cisjordânia ou em Jerusalém Oriental”, disse Abbas.
“Hoje, estamos muito felizes por o derramamento de sangue ter cessado. Esperamos que continue assim e que a paz, a segurança e a estabilidade prevaleçam entre nós e Israel.”
Embora as perguntas tenham sido feitas em hebraico, Abbas respondeu em árabe.
Quando questionado se a Autoridade Palestiniana (AP) tinha implementado as reformas mencionadas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, no seu plano de 20 pontos para acabar com a guerra em Gaza, Abbas disse que o processo de reforma já estava em andamento.
“Quero dizer honestamente — lançámos reformas”, afirmou Abbas.
“Estas reformas incluem os salários dos prisioneiros que acordámos com os EUA e que os EUA aprovaram”, afirmou, referindo-se aos pagamentos efectuados pela AP às famílias dos palestinianos mortos por Israel ou presos em prisões israelitas.
Reformas em diversos sectores
Na sua entrevista ao Canal 12 de Israel na quinta-feira, Abbas acrescentou que outras reformas em sectores como educação, economia, saúde e segurança estavam em fase de implementação.
“Algumas já foram concluídas e outras estão em andamento, até que a Autoridade Palestina se torne um modelo capaz de continuar a liderar o povo palestiniano”, disse Abbas.
Trump, juntamente com outros líderes e organizações internacionais, instou Abbas a reformar a Autoridade Palestina.
De acordo com o plano de 20 pontos de Trump, “à medida que o redesenvolvimento de Gaza avança e quando o programa de reforma da Autoridade Palestina for fielmente executado, as condições poderão finalmente estar reunidas para um caminho credível para a autodeterminação e a criação de um Estado palestiniano, que reconhecemos como a aspiração do povo palestiniano”.
