O ministro da Defesa belga Theo Francken emitiu um aviso severo à Rússia, dizendo que qualquer ataque de mísseis a Bruxelas provocaria uma resposta decisiva da NATO.
"Se (o presidente russo Vladimir) Putin lançar um míssil contra Bruxelas, eliminaremos o Moscovo do mapa", disse Francken ao diário De Morgen na segunda-feira, enfatizando o compromisso de defesa coletiva da NATO.
Desvalorizou as dúvidas sobre o compromisso dos EUA com a NATO sob o presidente Donald Trump, dizendo: "O preconceito contra o governo americano é tão grande na Europa. Inacreditável... Ele disse literalmente que a América continuará a apoiar os seus aliados da NATO cem por cento. Um míssil de cruzeiro contra Bruxelas? Isso é óbvio, seja qual for a definição que se use. Putin também não o fará", disse Francken.
No entanto, ele alertou para não subestimar as capacidades militares da Rússia.
"Os russos aumentaram as suas capacidades militares. A sua economia de guerra produz quatro vezes mais munições do que toda a NATO. A Europa nem sequer tem um comando central", disse ele.
Também destacou a dificuldade da Rússia na Ucrânia, "porque estão a lutar contra todo o Ocidente! Os ucranianos estão a lutar com as nossas armas, munições e dinheiro. Caso contrário, teriam sido subjugados há muito tempo".
'A China quer que a guerra se prolongue'
Olhando para o futuro, Francken reconheceu a possibilidade de um desafio conjunto russo-chinês ao Ocidente.
"A China quer que a guerra na Ucrânia se prolongue porque enfraquece o Ocidente. Está a comprar matérias-primas russas em massa, a fornecer armas e está perfeitamente satisfeita por Putin destacar tropas norte-coreanas", disse Francken.
"Considero menos provável um grande ataque russo aos Estados bálticos. Afinal, são Estados-membros da NATO. Em breve teremos seiscentos F-35 na Europa: os russos têm medo deles porque não os conseguem ver", acrescentou.








