O partido no governo do Presidente argentino Javier Milei venceu as eleições parlamentares deste domingo com 40,8% dos votos, de acordo com os resultados iniciais, com 96% das urnas apuradas.
O partido La Libertad Avanza, de Milei, derrotou a oposição peronista Fuerza Patria, que obteve 24,5% dos votos, conquistando vitórias em regiões-chave como a capital Buenos Aires, Córdoba, Santa Fé e Mendoza.
O país realizou eleições importantes, com os cidadãos a ir às urnas para eleger quase metade das cadeiras da Câmara dos Deputados (127 de 257) e um terço do Senado (24 de 72).
As eleições foram cruciais para o governo do Presidente Milei e amplamente vistas como uma avaliação à sua administração. Os resultados foram interpretados como uma medida de aprovação pública e determinarão a sua capacidade de avançar com reformas importantes no Congresso.
O La Libertad Avanza conquistou uma vitória surpreendente, obtendo 64 cadeiras na Câmara dos Deputados. A partir de 10 de dezembro, o partido de Milei contará com um total de 94 dos 257 legisladores na câmara baixa.
Embora ainda fique aquém de uma maioria, a vitória significativa será suficiente para sustentar vetos presidenciais e evitar possíveis processos de destituição, que alguns setores da oposição tinham ameaçado.
Após tomar conhecimento do apoio eleitoral ao seu partido, o Presidente Milei comemorou na sua tribuna de campanha.
"Hoje foi um dia histórico", declarou. "O povo argentino deixou para trás a decadência e escolheu o progresso. Hoje, passámos o ponto de inflexão. Hoje começa a construção de uma grande Argentina."
Milei também afirmou que "o novo Congresso será fundamental para garantir a mudança de direção" e anunciou que irá fazer reformas significativas.
"Nos próximos dois anos, devemos avançar no caminho reformista que iniciámos", declarou o presidente, enfatizando que os projetos que promoverá são necessários para "consolidar o crescimento e o impulso da Argentina."
"A partir de 10 de dezembro, teremos, sem dúvida, o Congresso mais reformista da história da Argentina", acrescentou.
As eleições também foram marcadas pela baixa participação dos eleitores. A Câmara Nacional Eleitoral informou que, num país onde o voto é obrigatório, menos de 68% do eleitorado compareceu às urnas no domingo, a menor participação desde o regresso da democracia à Argentina em 1983.
Com estes resultados, o partido governante aumentará substancialmente a sua presença no Congresso, embora o Senado permaneça sob controlo da oposição.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, congratulou Milei pela vitória eleitoral.
"Ele está a fazer um trabalho maravilhoso! A nossa confiança nele foi legitimada pelo povo da Argentina", escreveu Trump na sua plataforma das redes sociais Truth Social.
Anteriormente, Trump declarou que apoiava Milei nas eleições, mas ameaçou cortar ajuda ao país sul-americano caso a oposição vencesse.
"Se ele perder, não seremos generosos com a Argentina", afirmou.
