O Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que se reunirá com o presidente eleito da câmara de Nova Iorque, Zohran Mamdani, na Casa Branca na sexta-feira.
"O mayor comunista de Nova Iorque, Zohran 'Kwame' Mamdani, pediu uma reunião. Concordámos que essa reunião terá lugar na Sala Oval na sexta-feira, 21 de novembro. Mais detalhes a seguir!" escreveu Trump na sua plataforma de redes sociais Truth Social na quarta-feira à noite.
Mamdani, o primeiro presidente de câmara municipal muçulmano e sul-asiático da maior cidade do país, derrotou o ex-governador Andrew Cuomo e o republicano Curtis Sliwa na eleição deste mês, depois de ter feito uma campanha progressista centrada na acessibilidade e nos serviços sociais.
Ao longo da campanha, Trump atacou repetidamente o socialista democrata de 34 anos, chamando-o de "comunista", apoiando Cuomo e avisando que poderia cortar verbas federais para a cidade de Nova Iorque se Mamdani vencesse.
Encontrar uma solução
Trump também sugeriu — falsamente — que poderia deportar Mamdani, que nasceu no Uganda e tornou-se cidadão naturalizado dos EUA em 2018.
Trump disse mais tarde que os dois "iriam encontrar uma solução", sinalizando uma possível mudança de tom depois de os republicanos terem sofrido derrotas em vários estados e quando ele começou a enfatizar a acessibilidade, um tema central da campanha de Mamdani.
Numa publicação no início deste mês, Mamdani disse que estava disposto a falar com Trump, mas recusaria qualquer encontro que ocorresse "à custa dos nova-iorquinos."
A sua equipa confirmou que entrou em contato para tentar agendar uma possível reunião.
Uma segunda declaração publicada por Trump na quarta-feira reforçou a reunião planeada e voltou a referir-se a Mamdani pelo nome completo, colocando "Kwame" entre aspas.
Ele qualificou o encontro como "há muito esperado" e sugeriu que poderia representar um raro momento de desanuviamento.
Mamdani, que assume oficialmente o cargo em janeiro, disse em seu discurso de vitória que queria que Nova York mostrasse ao país "como derrotar o presidente."
Ele também falou em "blindar a cidade contra Trump" ao assumir o cargo, ao mesmo tempo em que enfatizava estar preparado para trabalhar com qualquer pessoa, incluindo o presidente, se isso beneficiar os nova-iorquinos.
