MÉDIO ORIENTE
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Trump nega relatos de que Netanyahu o tenha informado antes do ataque ao Catar
Trump afirma que Israel “não voltará a atacar” o Catar, salientando que Doha é um bom aliado dos EUA.
Trump nega relatos de que Netanyahu o tenha informado antes do ataque ao Catar
Os comentários de Trump parecem deixar a porta aberta para Netanyahu tomar outras medidas contra figuras do Hamas no estado árabe do Golfo. / Reuters Archive
16 de setembro de 2025

O Presidente dos EUA, Donald Trump, negou os relatos de que Benjamin Netanyahu o teria informado pessoalmente pouco antes de atacar o Catar na semana passada.

“Não, não o fizeram”, afirmou Trump na segunda-feira. Questionado sobre como soube dos ataques, Trump respondeu: “Da mesma forma que vocês”.

O seu comentário foi uma resposta a uma notícia da Axios que sugeria que Netanyahu o teria informado pouco antes do ataque.

Após os ataques, a Casa Branca disse que as Forças Armadas dos EUA informaram o Governo que os ataques estavam prestes a acontecer depois que os mísseis foram lançados, alegando que Trump não teve oportunidade de se opor.

Trump também disse que Israel não realizará mais ataques no Catar.

“Bem, ele não vai atacar o Catar”, disse Trump sobre Benjamin Netanyahu, ao responder às perguntas dos jornalistas no Salão Oval.

O Catar, disse Trump, “tem sido um aliado muito bom, e muitas pessoas não sabem disso, mas ele não vai atacar o Catar. Talvez vá atrás deles”.

Não está claro o que o Presidente quis dizer, mas os comentários parecem deixar a porta aberta para Netanyahu tomar outras medidas contra figuras do Hamas no estado árabe do Golfo.

Condenação regional

Os líderes presentes numa cimeira árabe-islâmica de emergência em Doha alertaram na segunda-feira que os ataques de Israel ao Catar tinham consequências perigosas para a região, instando a uma ação colectiva para combater as tentativas israelitas de impor uma nova realidade no Médio Oriente.

A declaração final publicada pela agência noticiosa oficial do Catar, QNA, condenou o ataque a Doha e manifestou total solidariedade com o Catar.

A cimeira afirmou que a agressão israelita “compromete quaisquer hipóteses de alcançar a paz na região”.

A declaração salientou a necessidade de “se opor aos planos de Israel de impor uma nova realidade na região”, alertando que tais esforços representam uma “ameaça direta à segurança regional e internacional”.

O Catar, juntamente com o Egito e os EUA, tem sido um dos mediadores que tentam alcançar um cessar-fogo na sitiada Gaza.

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