A Türkiye é um aliado de longa data e confiável da NATO e deve ser incluída nos novos programas de defesa da UE, afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Johann Wadephul.
Numa conferência de imprensa conjunta em Berlim, na sexta-feira, com o seu homólogo da Türkiye, Hakan Fidan, Wadephul disse que eles consideram a Türkiye como um importante “parceiro geoestratégico” e gostariam de abrir uma “nova página” nas relações.
“Acredito firmemente que o programa SAFE da UE deve ser aberto à Türkiye e ao Reino Unido como importantes parceiros da NATO”, afirmou, referindo-se ao programa conjunto de aquisição de defesa da UE, no valor de 150 mil milhões de euros (173 mil milhões de dólares), destinado a reforçar as capacidades de defesa europeias.
“Estamos envolvidos em conversações construtivas sobre este assunto. Como já salientei, a Türkiye sempre foi um parceiro muito fiável e estável da NATO. Como Governo alemão, temos procurado levar a nossa relação bilateral a um novo nível e, em particular, reforçar o aspecto da segurança”, afirmou.
Relações mais estreitas entre os aliados da NATO e a Türkiye
Em setembro, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, também manifestou o seu apoio à participação da Türkiye no programa de armamento da UE, SAFE.
Numa reunião com os embaixadores da UE, Rutte afirmou que a candidatura da Türkiye ao programa SAFE reforçaria tanto a cooperação europeia em matéria de defesa como a coesão da NATO.
Salientou que as capacidades militares da Türkiye tornam este país um interveniente essencial na segurança da Europa.
O SAFE, adotado pelos líderes da UE em maio, irá conceder empréstimos a longo prazo a preços competitivos para acelerar aquisições urgentes no domínio da defesa.
O programa faz parte do Plano ReArm Europe/Readiness 2030 da Comissão Europeia, que visa mobilizar mais de 800 mil milhões de euros (924 mil milhões de dólares) em despesas de defesa.
Embora os empréstimos só estejam disponíveis para os Estados-membros da UE, a Ucrânia e os países do EEE-EFTA poderão também participar em aquisições conjuntas no âmbito do programa.
