As forças paquistanesas mataram todos os cinco terroristas do TTP (Tehrik-i-Taliban Paquistão), incluindo um bombista suicida, após um ataque a uma faculdade militar no noroeste do Paquistão, disse uma autoridade de segurança na quarta-feira.
A operação de segurança foi concluída e as autoridades estão agora a limpar o prédio da faculdade para eliminar qualquer ameaça potencial de dispositivos explosivos improvisados, disse a autoridade, sob condição de anonimato devido a restrições para falar com a imprensa.
Na segunda-feira, a Cadet College em Wana, no distrito de Waziristão do Sul, perto da fronteira com o Afeganistão, foi atacada quando terroristas colidiram um veículo carregado de explosivos contra o portão principal da faculdade.
Dois terroristas, incluindo um bombista suicida, foram mortos no portão principal, enquanto outros três entraram nas instalações educativas.
As forças de segurança resgataram mais de 600 pessoas, incluindo estudantes, professores e funcionários civis, que estavam dentro das instalações e, posteriormente, realizaram uma operação contra os terroristas que estavam encurralados no bloco administrativo da faculdade, disse o responsável.
As forças armadas do Paquistão afirmaram que o ataque foi realizado por terroristas afiliados ao Fitna al Khawarij — um termo usado por Islamabad para se referir ao Tehrik-i-Taliban Paquistão — com o apoio de “seus mestres e manipuladores no Afeganistão”.
O responsável pela segurança disse que os terroristas tentaram repetir o ataque à escola de Peshawar em 2014, mas as forças de segurança impediram a tragédia.
Em 16 de dezembro de 2014, seis terroristas do Tehrik-i-Taliban Paquistão (TTP) invadiram a Escola Pública do Exército em Peshawar, capital da província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país, e mataram quase 150 pessoas, incluindo mais de 130 crianças em idade escolar.
O grupo Khalifa Mansoor, do TTP, reivindicou a responsabilidade pelo ataque. Mansoor foi posteriormente morto num ataque com drones dos EUA no leste do Afeganistão, em outubro de 2017.
Islamabad acusa o Afeganistão de dar abrigo ao TTP, que intensificou os ataques transfronteiriços mortais no Paquistão nos últimos anos.
