Membros da Guarda Nacional do Texas chegaram a Illinois como parte do plano do Presidente dos EUA, Donald Trump, de enviar tropas para Chicago e Portland, de acordo com a CNN.
Cerca de 200 soldados fizeram parte do envio inicial, com mais soldados a chegar em breve.
As tropas estão estacionadas numa instalação militar nos arredores de Chicago, onde estão a receber treino em controlo de multidões e protocolos legais antes de iniciar as operações.
Dois aviões de transporte militares C-17 Globemaster dos EUA chegaram durante a noite ao vizinho estado de Indiana, após partirem de Fort Bliss, em El Paso, Texas.
Foco federal na “proteção de instalações”
Gregory Bovino, oficial da Patrulha de Fronteira que supervisiona as operações em Chicago, disse que a Guarda se concentraria principalmente em proteger instalações federais e fornecer resposta rápida em emergências.
“A proteção das instalações será obviamente o foco principal”, disse Bovino à CNN, citando uma instalação do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) em Broadview, que tem sido palco de protestos recentes.
Disse que a mobilização permitirá que as autoridades federais se concentrem em outras prioridades, enquanto a Guarda se encarrega da segurança e da resposta rápida a “circunstâncias urgentes, como motins ou situações violentas”.
Desafios legais
Tanto o estado de Illinois quanto a cidade de Chicago entraram com ações judiciais para impedir a mobilização, argumentando que Trump ultrapassou sua autoridade ao mobilizar forças estaduais sem o consentimento local.
Um juiz federal deverá julgar o caso na quinta-feira.
A administração Trump expandiu a sua presença policial em várias cidades dos EUA sob uma iniciativa mais ampla de lei e ordem que visa o que chama de “jurisdições santuário”.
O presidente da câmara de Chicago, Brandon Johnson, assinou uma ordem executiva na segunda-feira proibindo a aplicação da lei de imigração em propriedades municipais, criando “zonas livres do ICE” em espaços públicos, como escolas e estacionamentos.
