AMÉRICA LATINA
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Conferência da ONU sobre alterações climáticas começa na Amazónia brasileira
A COP30 está a ser marcada por uma fraca participação internacional.
Conferência da ONU sobre alterações climáticas começa na Amazónia brasileira
Cimeira COP30 começou na Amazónia / AP
11 de novembro de 2025

A 30.ª conferência da ONU sobre alterações climáticas, ou COP30, começou oficialmente na segunda-feira em Belém, Brasil, na orla da floresta amazónica, tendo como pano de fundo uma recente tragédia climática e uma participação internacional notavelmente baixa.

A conferência foi convocada após outro grande desastre climático no sul do Brasil. O estado do Paraná, cuja capital é Belém, foi atingido na sexta-feira por um tornado que destruiu a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, matando seis pessoas e ferindo mais de 700. A tragédia agravou o impacto das inundações devastadoras que assolaram o estado do Rio Grande do Sul em maio do ano passado. O momento enfatiza a agenda urgente dos delegados, que devem discutir a crise climática e a frequência crescente de eventos climáticos extremos. Apesar da natureza crítica das negociações, a cimeira teve uma baixa participação em comparação com os anos anteriores. Apenas cerca de 160 países confirmaram a sua presença, um dos números mais baixos para uma COP recente. Para comparação, a COP29 no Azerbaijão contou com a participação de 195 países.

Líderes proeminentes das maiores economias mundiais, incluindo os EUA, China e Índia, estão notavelmente ausentes da cimeira e apenas três líderes latino-americanos se juntaram ao presidente anfitrião Luiz Inácio Lula da Silva: os presidentes Xiomara Castro (Honduras), Gustavo Petro (Colômbia) e Gabriel Boric (Chile). Ainda assim, espera-se que cerca de 50.000 pessoas, incluindo diplomatas e especialistas, participem na reunião de 11 dias.

A conferência centrar-se-á fortemente nos esforços necessários para manter o aumento da temperatura global limitado à meta crítica de 1,5 °C. Os principais pontos da agenda incluem a apresentação de novos planos de ação nacionais para a redução das emissões e a revisão do progresso das promessas financeiras feitas na COP29 para apoiar os países em desenvolvimento.

A realização do evento na floresta amazónica concede ao Brasil uma plataforma simbólica, direcionando a atenção global para questões regionais críticas, como a desflorestação, a proteção da biodiversidade e a justiça climática.

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FONTE:Anadolu Agency