O exército israelita lançou uma grande operação militar na Cisjordânia ocupada na quarta-feira, segundo fontes locais.
O exército reforçou significativamente as suas forças no interior do região de Tubas, no norte, e mobilizou bulldozers militares em várias áreas, enquanto helicópteros israelitas abriram fogo em direção a áreas residenciais. Os alvos exatos ainda não foram identificados, segundo um correspondente da Anadolu.
“Esta é a primeira vez em anos que helicópteros Apache se envolveram numa operação desse tipo, disparando tiros de metralhadora pesada em direção a áreas residenciais”, disse o governador de Tubas, Ahmad Al Asaad, num comunicado na plataforma da rede social americana Facebook.
O ataque israelita teve como objetivo a cidade de Tubas, bem como as localidades de Aqaba e Tammun.
O exército instituiu recolher obrigatório e selou todas as entradas da região com barreiras de terra e postos de controlo militares.
A circulação de ambulâncias e equipas médicas foi restringida, afirmou o governador.
Forças israelitas invadiram várias casas nas localidades de Tammun, Tubas, al Far’a e Tayasi e transformaram muitas delas em postos militares, acrescentou Asaad.
Um comité de emergência foi criado para responder à situação no terreno e responder a casos humanitários e necessidades essenciais, disse ele, confirmando que o governo está a trabalhar em coordenação com instituições locais para fornecer os serviços de emergência necessários.
Escolas e locais de trabalho suspenderam as atividades como parte das medidas de segurança.
Os ataques continuarão por vários dias
O exército israelita disse, em comunicado na quarta-feira, que as suas forças começaram a operar durante a noite no norte da Cisjordânia ocupada junto com o Shin Bet, a agência de segurança interna, e forças policiais, alegando que se tratava de esforços de "contraterrorismo" na área.
Asaad disse à Anadolu que o lado israelita informou as autoridades palestinianas que a operação militar em curso na região continuará por vários dias, o que ele classificou como uma "escalada perigosa".
O governador negou as alegações israelitas sobre a presença de "pessoas procuradas" dentro de Tubas, ressaltando que "a operação é política, não de segurança".
O exército israelita intensificou os ataques na Cisjordânia ocupada desde o início da guerra genocida de Israel contra Gaza, em outubro de 2023.
Pelo menos 1.082 palestinianos foram mortos e quase 11.000 ficaram feridos em ataques do exército e de colonos judeus ilegais no território ocupado. Mais de 20.000 palestinianos também foram detidos.
Num parecer histórico em julho passado, o Tribunal Internacional de Justiça declarou ilegal a ocupação israelita de territórios palestinianos e exigiu a evacuação de todos os colonatos na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental ocupada.
