Na segunda-feira, a Colômbia expulsou nove membros da seita judaica ultraortodoxa Lev Tahor, dias depois de as autoridades terem afirmado ter resgatado 17 menores que teriam sido vítimas de abuso por parte do grupo.
Os membros da seita, vestidos com as túnicas pretas compridas características da comunidade, foram escoltados pelo aeroporto internacional de Medellín e colocados num voo com destino a Nova Iorque, onde seriam recebidos pelas autoridades norte-americanas, informou a agência de migração da Colômbia.
Alguns dos menores resgatados, que vieram de países como os Estados Unidos e a Guatemala, também foram transferidos no mesmo voo para serem colocados sob os cuidados da proteção infantil dos EUA, acrescentaram as autoridades.
Seita sob investigação há anos
A Lev Tahor, cujo nome significa coração puro, está sob investigação há anos em vários países — incluindo México, Canadá, Guatemala e agora Colômbia — por alegações que vão desde gravidez forçada a maus-tratos infantis e violação.
Acredita-se que o grupo, formado na década de 1980, seja composto por cerca de 50 famílias da América do Norte e da América Central. A Interpol emitiu alertas vermelhos para vários dos seus líderes.
Em dezembro de 2024, as autoridades guatemaltecas resgataram 160 menores de uma fazenda ocupada pela Lev Tahor, após promotores alegarem abusos sexuais e físicos generalizados.












