O Primeiro-Ministro Pedro Sánchez anunciou em Nova Iorque que a Espanha enviará um navio da Marinha para apoiar a Flotilha Global Sumud, que transporta ajuda humanitária para Gaza, de acordo com o jornal El País.
"Um navio de ação marítima equipado com todos os recursos necessários partirá de Cartagena amanhã, caso seja necessário apoiar a flotilha e realizar quaisquer resgates", declarou Sánchez na quarta-feira.
Madrid coordenou a iniciativa com Roma, após o governo italiano anunciar o envio da fragata Fasan para apoiar cidadãos italianos a bordo e conduzir possíveis operações de socorro.
O Ministério da Defesa da Espanha também entrou em contato com a sua contraparte italiana para explorar uma cooperação mais ampla, que pode envolver outros países, como a Irlanda.
As autoridades enfatizaram que a missão dos navios europeus não é confrontar possíveis agressões israelitas, mas sim fornecer assistência humanitária, se necessário.
O navio da Marinha espanhola operará em águas internacionais.
Quebrar o cerco
A flotilha, composta por cerca de 50 navios, partiu no início deste mês com o objetivo de romper o bloqueio de Israel e entregar ajuda humanitária, especialmente suprimentos médicos, para Gaza, onde 2,4 milhões de palestinianos estão sob cerco há 18 anos.
Os organizadores afirmaram anteriormente que 12 explosões atingiram nove navios em águas internacionais depois de drones terem repetidamente atacado a frota.
Embora o grupo não tenha atribuído responsabilidade, Israel — que ameaçou impedir a missão de chegar a Gaza — não se pronunciou.
A missão atraiu a atenção internacional, à medida que grupos de direitos humanos e funcionários da ONU continuam a destacar a crise humanitária em Gaza.
Investigadores da ONU concluíram recentemente que Israel está a cometer genocídio em Gaza, onde mais de 65 000 pessoas foram mortas desde outubro de 2023, de acordo com o Ministério da Saúde do território, números que a ONU considera confiáveis.
A Flotilha Global Sumud, lançada por ativistas internacionais, inclui trabalhadores humanitários e ativistas que afirmam estar determinados a continuar, apesar dos riscos.
O seu objetivo, dizem eles, é destacar o impacto do bloqueio de Israel e entregar suprimentos de ajuda humanitária urgentes.