A Flotilha Global Sumud afirmou que os seus navios com destino a Gaza têm enfrentado pressão de drones a voar em baixa altitude, explosões e interferências nas comunicações, mas os ativistas insistem que não serão dissuadidos da sua missão humanitária.
Numa declaração partilhada nas redes sociais, o grupo descreveu os incidentes como "operações psicológicas" destinadas a intimidar o grupo.
"Explosões, drones não identificados e interferências nas comunicações. Estamos a testemunhar essas operações psicológicas em primeira mão, neste momento, mas não seremos intimidados", afirmou a flotilha.
"Os esforços de Israel e dos seus aliados para prolongar os horrores da fome e do genocídio em Gaza são revoltantes. Mas a nossa determinação é mais forte do que nunca. Essas táticas não nos impedirão de cumprir a nossa missão de entregar ajuda a Gaza e romper o cerco ilegal. Cada tentativa de nos intimidar apenas fortalece o nosso compromisso. Não seremos silenciados. Continuaremos a navegar."
O grupo informou que a flotilha está atualmente a operar em águas internacionais numa missão humanitária.
"Dezenas de drones foram observados na área. Dois navios à vela foram alvo de um drone, mas podemos confirmar que todos estão seguros e ninguém ficou ferido. Neste momento, estamos a enfrentar uma interferência nas comunicações, o que pode afetar a nossa capacidade de coordenar e responder", acrescentou.
A declaração mais recente segue relatos anteriores da flotilha de que mais de 15 drones sobrevoaram em baixa altitude um dos seus navios, o Alma, por várias horas na segunda-feira.
O grupo afirmou que os drones apareciam "aproximadamente a cada 10 minutos" e provavelmente tinham o objetivo de recolher informações e intimidar a tripulação.
Romper o cerco
A flotilha, composta por dezenas de barcos que transportam ajuda humanitária, pretende chegar à Gaza, na Palestina, para desafiar o bloqueio ilegal de Israel, que grupos de direitos humanos e as Nações Unidas descreveram como uma forma de punição coletiva.
A Flotilha Global Sumud foi organizada por ativistas internacionais, incluindo trabalhadores humanitários e defensores de causas, que afirmam que o seu esforço é uma tentativa pacífica de destacar a situação humanitária em Gaza.
As autoridades israelitas não comentaram publicamente sobre a flotilha ou sobre os relatos de drones, explosões ou interferências nas comunicações.
