A Hungria informou que estava a bloquear o acesso a 12 sites de notícias ucranianos após uma ação semelhante de Kiev, agravando as relações entre os dois vizinhos, que foram prejudicadas durante a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
No início deste mês, a Ucrânia bloqueou vários sites considerados pró-russos, a pedido dos serviços de segurança. Entre eles estavam oito portais em língua húngara, incluindo um popular site de notícias pró-Governo, o origo.hu.
“Um país soberano deve dar uma resposta proporcional a um ataque totalmente injustificado”, afirmou o chefe de gabinete do Primeiro-Ministro húngaro Viktor Orban, Gergely Gulyas, numa publicação no Facebook na segunda-feira, anunciando a medida.
A maioria dos sites visados pela Hungria são amplamente lidos na Ucrânia.
Um deles, o European Pravda, acompanha de perto as aspirações de adesão da Ucrânia à UE.
Gulyas disse que a Ucrânia baniu os portais húngaros porque criticavam as sanções contra a Rússia e o apoio militar à Ucrânia, e criticou a União Europeia e a aliança da NATO por serem fragmentadas e ineficazes.
“Se a fragmentação da União Europeia fornece motivos para a censura estatal na Ucrânia, então é hora de a Ucrânia renunciar à sua intenção de aderir”, escreveu.
Gulyas disse que os sites húngaros também foram banidos na Ucrânia porque “ousaram reportar as actividades de influência da Fundação Soros”.
Orban tem-se mostrado cético em relação à ajuda militar ocidental à Ucrânia.
Não houve resposta imediata da Ucrânia à decisão da Hungria de bloquear os sites.