AMÉRICA LATINA
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Governo brasileiro aprova perfuração de petróleo perto da foz do rio Amazonas semanas antes da COP30
As empresas petrolíferas consideram a área altamente promissora, pois partilha características geológicas com a Guiana, onde foram feitas algumas das maiores descobertas de petróleo offshore do século XXI.
Governo brasileiro aprova perfuração de petróleo perto da foz do rio Amazonas semanas antes da COP30
Vista de satélite do rio Amazonas. / Getty Images
há 16 horas

O governo brasileiro aprovou na segunda-feira a perfuração exploratória pela gigante estatal Petrobras perto da foz do rio Amazonas. A decisão surge apenas algumas semanas antes da conferência climática das Nações Unidas em Belém, COP30, onde serão discutidos os esforços para reduzir o uso de combustíveis fósseis.

Acredita-se que o depósito da Margem Equatorial, na costa do Brasil, que se estende da fronteira do Brasil com o Suriname até parte da região Nordeste do país, seja rico em petróleo e gás. A Petrobras disse em comunicado que a perfuração pode começar imediatamente e levar até cinco meses. A empresa solicitou a realização da perfuração exploratória no bloco FZA-M-059, localizado a 175 quilómetros (108 milhas) da costa do estado brasileiro do Amapá, na fronteira com o Suriname. A empresa acrescentou que o poço exploratório não produzirá petróleo.

A decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, órgão subordinado ao Ministério do Meio Ambiente, foi celebrada publicamente pelo Ministro da Energia, Alexandre Silveira. “A Margem Equatorial representa o futuro da nossa soberania energética. O Brasil não pode abrir mão de conhecer o seu potencial”, disse Silveira nas suas redes sociais após o anúncio da decisão.

Fizemos uma defesa firme e técnica que a exploração seja feita de forma responsável ambientalmente, dentre os mais altos padrões internacionais, e com benefícios concretos para brasileiras e brasileiros. O nosso petróleo é um dos mais sustentáveis do mundo, com uma das menores pegadas de carbono”, afirmou o Ministro.

Em junho, o Brasil leiloou vários terrenos potenciais e locais offshore para exploração petrolífera perto do rio Amazonas, com o objetivo de expandir a produção em regiões inexploradas, apesar dos protestos de grupos ambientalistas e indígenas.

As empresas petrolíferas consideram a área altamente promissora, pois partilha características geológicas com a Guiana, onde foram feitas algumas das maiores descobertas de petróleo offshore do século XXI.

Esta região é considerada de alto risco potencial devido às fortes correntes e à proximidade da costa amazónica.

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FONTE:AP