AMÉRICA LATINA
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Ministro-chefe da Casa Civil: Brasil não planeia o transporte público gratuito para breve
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu à sua equipa económica para avaliar a potencial implementação da medida.
Ministro-chefe da Casa Civil: Brasil não planeia o transporte público gratuito para breve
«Não há nada planeado para o próximo ano nem para este ano», disse Costa. / Reuters
9 de outubro de 2025

O chefe de gabinete presidencial do Brasil, Rui Costa, afirmou na quarta-feira que o governo não tem planos para eliminar as tarifas de transporte público em todo o país neste ano ou no próximo, um dia após o Ministro das Finanças ter confirmado estudos para avaliar formas de financiar o setor.

O presidente, na última reunião de ministros, solicitou estudos. Não tem nada programado para ano que vem nem para este ano, disse Costa em entrevista a uma rádio local. “Quero deixar claro: o presidente apenas solicitou estudos.” De acordo com uma fonte do governo, há dúvidas dentro do governo quanto à viabilidade logística e política da proposta.

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu à sua equipa económica para avaliar a potencial implementação da medida, mas ele não tem pressa e não pretende apresentá-la como uma promessa de campanha, acrescentou a fonte. “Os estudos ainda serão apresentados ao presidente para avaliar eventual viabilidade ou não e de onde virão esses recursos. Isso eu quero deixar claro: o que foi solicitado foi apenas estudos, não tem nada programado em relação à tarifa zero", acrescentou Costa. “Se for viável, será anunciado no momento oportuno.”

O Ministro das Finanças, Fernando Haddad, disse em entrevista à TV Record esta semana que a proposta seria incluída na plataforma política de Lula no próximo ano, quando o Brasil realizar eleições gerais. “(Lula) Ele sabe que esse tema é importante para os trabalhadores, para o meio ambiente e para a mobilidade urbana”, disse Haddad.

As declarações do Ministro das Finanças afectaram os mercados brasileiros esta semana, enfraquecendo o real brasileiro em relação ao dólar americano, em resultado das preocupações dos investidores de que a iniciativa possa ter implicações fiscais negativas.

FONTE:Reuters